quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

RESUMO DAS FASES DO JOGO: 1o. RECEBER NOVOS EXÉRCITOS em função dos territórios possuídos




WAR


Estamos vendo uma mobilização mundial para equipamentos de "defesa", bem como a manutenção da soberania de seus territórios, sem mencionar o medo de terrorismo. 

Gripen NGRecentemente, o Brasil finalizou a compra de 36 caças Gripen/NG, referentes ao programa FX-2, que compete a renovação do arsenal da FAB. Essa história do programa brasileiro se estendeu por mais de uma década, antes mesmo do governo Lula, e hoje influencia na escolha de concorrentes dos programas armamentícios de potências nucleares como a Índia. E não é de aeronaves que vive um programa armamentício. Tivemos compras de novos mísseis, novos radares, helicópteros, navios, tanques e etc. E qual o motivo disso? Mercado? E desde quando temos essa movimentação? Será por causa da crise Ucrânia/Rússia? Será culpa do Estado Islâmico?

F-35Se analisarmos com cuidado, perceberemos que uma decisão de “melhoria” do exército não se faz da noite pro dia, ainda mais com cifras exorbitantes que estouram os bilhões de Dólares (aliás, essas vêm aumentando pra cada um que anuncia um novo investimento na área). Isso não seria nada alarmante se o mundo não estivesse vindo de uma “marcha contra o terror”, de brigas para desarmamento (nuclear ou não), críticas ao uso de armas de destruição em massa e afins. Ora bolas, se existia essa “busca pela paz”, por que o investimento em equipamentos bélicos? Está certo que o 11 de setembro desencadeou uma caça aos terroristas, mas era contra uma (digamos) “categoria extremista de arruaceiros”. E agora temos outro grupo extremista, que (“incoerentemente”) tem como alvo o mesmo personagem que seu antecessor. Certo. Isso quer dizer que os recursos destinados a combater o primeiro agora foram direcionados ao segundo. Plausível. Mas e a “galera do fundão” que não tem nada a ver com a história? E aquela turminha que está se mobilizando “de repente”, munindo-se de equipamentos de última geração e (sim, isso é uma crítica generalizada) EXIGINDO a transmissão de tecnologia pra criação e desenvolvimento das mesmas (podendo até revender a terceiros)?

Entendam: é necessário que um país tenha uma força militar, seja pra defesa de território ou de sua população. O mesmo também deve deter todo o conhecimento necessário pra manter suas tropas e não se colocar em posição desigual, arriscando invasões e ameaças (sejam elas quais forem). O contestado aqui é a rapidez com que os países, que lutavam por um mundo pacífico, desembolsaram bilhões de Dólares em questão de semanas após a movimentação econômica começar a convalescer e não o fato de atualizarem suas defesas.

 Senhor das ArmasLembrando de um filme interpretado por Nicolas Cage, O senhor das Armas, o mesmo cita que o mercado de armas é extremamente lucrativo, inclusive pra uma nação em crise. Os EUA estavam quebrados antes da Segunda Grande Guerra (culpa da crise de 29). Assim que a guerra se instaurou, suas fábricas estavam abarrotadas de trabalhadoras que cuidavam também da casa, enquanto os maridos eram enviados pro front. O desemprego foi quase extinto em território Norte Americano. O mesmo ocorreu na Alemanha, que conseguiu acabar com uma inflação de números astronômicos, simplesmente “declarando guerra” a uma “raça inferior”. E por que estou citando isso? Porque parece que estamos revivendo a história. O palco ainda é a Europa, com crise de emprego, financeira, intolerância de todos os gêneros e uma capacidade de não aceitar o “externo”.

Zuleica Wilson
http://missangolaoficial.sapo.ao/fotos
Enquanto ao norte do Equador, países se mobilizam e discutem sanções, abaixo do mesmo, crianças são dilaceradas, vilas inteiras extinguidas da face da Terra. A linha de pobreza pra esses é tão alta que qualquer R$1,00 é um tesouro inestimável. “-Mas e daí? Não é comigo, então...” – enquanto essa violência não chegou ao seu quintal, não houve mobilidade política. Não teve mercado real de vendáveis e consumíveis. É tanto “We are...” e “Je suis...” em capa de jornal que chega a comover. Tudo muito bom, muito bonito, mas pra quê? Tem hora que realmente gostaria de não ver esses nuances por trás de cada “movimento social”. Por trás de cada gesto de “compaixão política”, enfim...

As guerras hoje travadas em solo pobre, não geram custos pra Europa e seus “acólitos”. Mas quando essas guerras apareceram como uma pequena luz ao fim do horizonte, a primeira coisa que fizeram foi se mobilizar. Enquanto não mexeram nos seus recursos e matéria prima, apenas viravam os olhos, fingindo não ver e dizendo “-Não posso invalidar a lei de um país soberano”. Quão bonito foi ver o discurso, de tantos líderes europeus criticando a Mãe Rússia quando essa resolveu ajudar seu povo. Como foi divertido (sério, eu ri mesmo) ver gente criticando a ação do presidente russo, impondo sanções e afins, só porque ele resolveu proteger os seus em meio aos “espólios de uma guerra civil”, que destroçou parte da região majoritariamente de russos, esquecidos pelos dirigentes daquele país. Gargalhadas não faltaram quando inúmeros acusavam a Rússia de invadir e tomar a Criméia, enquanto eu dizia que não fez nada demais, se comparado a um ocidental que ignorou as leis que o mesmo criou, lançando mão de mentiras pra justificar suas ações. Hoje, esses mesmos políticos que defendiam as sanções (em meio à despreocupação da Rússia quanto às mesmas), vendo que poderiam perder muito mais que ganhar, resolveram acabar com as sanções ou ao menos diminuí-las.

Mas nem todo mundo sabe disso. Nem todo mundo leu sobre isso. E por quê? Porque na vida, assim como um mágico, devemos chamar atenção com gestos da mão esquerda, para usarmos a direita com liberdade.

E é assim que chegamos a esse movimentar e aumentar de tropas nesses países. Com certeza, esses bilhões de Dólares não foram separados semana passada. Esses exércitos não se multiplicaram da noite pro dia. Existem conflitos mais extensos que nós nem sequer imaginamos. FMI reconheceu que precisa se atentar para os países da América Latina, justamente quando a BRICS anunciou a criação de seu próprio banco de financiamento para diversos países (incluindo a Argentina e demais membros do Cone Sul também). EUA voltam a abrir relações comerciais com CUBA, antes disso, disseram que “é hora de enxergarmos e voltarmos a atenção para nossos irmãos africanos” (Aham, Cláudia...). A OTAN já foi criticada também. Dia-a-dia, os recursos estão cada vez mais escassos. O consumismo cada vez mais exacerbado e a “liberdade confundida com libertinagem” (como diria meu pai) ou simplesmente censurada por ser contrária à ideologia de mercado atual. Tudo isso servindo como um picadeiro de circo pra todos nós, enquanto a verdadeira política está sendo travada às escondidas. Acham mesmo que está tudo bem na Europa e G8? Acham mesmo que o derrubar do ditador da Líbia sem a manutenção de tropas no país após essa intervenção da ONU/OTAN se difere da decisão de manter tropas no Iraque?

Vitória
http://regras.net/jogo-war/
Vivemos uma situação de cuidado, de prevenção e nossos representantes sabem disso. Cabe a nós ficarmos em alerta. Sabermos enxergar esses passos, essa movimentação e vivermos sem medo, mas com a atenção devida para evitarmos surpresas.


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