quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Anjos nos céus do Brasil

Todos já devem saber da decisão brasileira na aquisição de caças da Saab, o Gripen. Bom, quero comentar umas curiosidades sobre o fatos, nada oficial, mas que se tornaram curiosidades por mera coincidência (ou será que não?).

A palavra Gripen, origina-se do animal lendário grifo, cuja aparência era de corpo de leão, cabeças e asas de águia. Inimigo declarado dos basiliscos (uma espécie de serpente fantástica), cuja a habilidade é matar o inimigo apenas com o olhar, o grifo é considerado o animal mais rápido do mundo, chegando a ter citações em obras de fantasias, incluindo provérbios que refletem isso: “Más notícias se espalham em asas de grifo.”.

Bem, o engraçado está em algumas informações mais esquecidas pela sociedade. Em minhas leituras casuais, descobri, há muito, que a palavra grifo tem a mesma raiz hebraica de“kherub” (ou “querubins”). Sendo assim, parafraseando C.S. Lewis: “esses 'querubins' gorduchos e horripilantes, nada têm a ver com uma possível visão real de como devem ser, seguindo o nome”.

Não muito distante disso, o Brasil, à princípio, fora batizado com o nome de “Terra de Santa Cruz”, em alusão ao paraíso descrito na Bíblia. Pois, Cabral, ao chegar em terra, se deparou com os índios nus como se nunca tivessem saído do Éden.

Ligando essas partes, temos então: vários “grifos/querubins” angelicais a defenderem nossa “terra santa” e seus habitantes das “serpentes malévolas” (basilisco) que ameaçam o “paraíso”.

Ok, é uma viagem sem tamanho. Mas serve como uma diversão e incentivo à fantasia da vida.








O texto acima não tem qualquer intuito de se prender à realidade. Trata-se apenas de texto livre, com base na fantasia do próprio universo.


 "Anjo brasileiro"


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O quê vi no FIQ 2013? - segundo dia

O que dizer do segundo dia de festival? Bem, não participei de nenhuma palestra, mas acabei aproveitando pra conversar com Marcos Noel, autor das tirinhas de Gie Kim. Aproveitei e comprei o livro de tirinhas dele (com dedicatória). Aliás, falando de Gi e Kim, sábado tem sessão de autógrafo com o autor.





   
Se você insiste...

Como disse, gosto mais de ver o trabalho dos editores independentes. Essa turma rala muito e inova muito também. São eles que arriscam e tentam mesmo um lugar ao Sol. Nesse FIQ, tivemos uma boa distinção entre esses produtores, mas uma coisa é clara: os webcomics tomaram conta dos dois primeiros dias. Encabeçados pelo Um Sábado Qualquer (CarlosRuas) e Mentirinhas (Fábio Coala), o estande dos webcomics é, de longe, o mais disputado. São livros, posters, canecas, lembrancinhas, camisas e pelúcias (essas com selo do Inmetro e de qualidade incontestável). E não são apenas quatro autores não. Temos muitos autores de internet, Wesley Samp, com seus Os Levados da Breca, é outro que se junta ao estande da Webcomics in da House. E isso, com certeza é o trunfo desse estande. Com tantos autores conhecidos do público reunidos num único estande, acaba alavancando suas vendas e a publicidade do material. Muitos leitores até marcaram de encontrar com os autores via Facebook e Twitter e acabam conversando com eles. E cada um mais prestativo que outro.

Pandemônio é outro estande que só vive lotado. Muitas artes gráficas de qualidade também. Confesso que hoje não me dediquei muito ao estande porque acabei me atendo às conversas com Marcos Noel, Wesley Samp, Carlos Ruas e demais da Webcomics in da House. Gastei uma graninha lá também, afinal, é um FIQ, é óbvio que irei pegar algumas (muitas) coisas. Não consegui favorecer todos, mas adquiri um livro de Gi e Kim, um Buteco dos Deuses, uma caneca com ilustração do Wesley Samp entre outras coisas.

  
Box do Card Game Mercenary Crusade
Outro produtor que me chamou atenção foi a Kaplan Project Comics. Eles foram os únicos que trouxeram algo realmente fora do senso comum. Além das tradicionais revistas, trouxeram pro evento um card game baseado em sua webcomic. Ousaram. E é isso que me faz querer dar um tratamento há mais nesse post. Mercenary Crusade (jogo baseado na webcomic homônima) é de fácil aprendizado, com um sistema simples de combate, podendo ser jogado por até quatro jogadores simultâneos. O deck é completo, ou seja, não precisa se preocupar com cartas raras e compras futuras. São 130 cards com 12 fichas de personagens. Tenho que admitir que sou muito fã de jogos de tabuleiro e card games e, talvez, por isso tenha me chamado tanta atenção.


Como muitos sabem, é a terceira edição que não participo trabalhando no FIQ. E nesses três eventos, venho coletando material que seja a cara do FIQ daquele ano. A regra básica é ser de baixo custo e ser de algum produtor independente. Sendo assim, entra pra minha “coleção” do FIQ. Ainda me arrependo de não ter feito isso nos eventos passados, mas nunca é tarde pra começar. Ano passado foi Jesus Rocks. Uma HQ muito divertida e bem trabalhada, cheia de referências do universo Rock' n Roll. Custava R$5,00 e, ainda hoje, é possível encontrá-la no evento de 2013, com o mesmo valor do evento anterior. Mas o porquê dessa explicação? Bem, Mercenary Crusade me fez quebrar uma regra: o baixo custo. O jogo custa R$40,00, mas vale cada centavo. Acreditem, é simples, divertido e tem a cara do 8º FIQ. É um card game baseado em uma webcomic e só por isso já me chamou atenção. No post anterior, eu falei da felicidade que tive ao ver a galera da Webcomics in da House com tantos admiradores e alguns até com dedicação exclusiva ao seu trabalho. Por isso eu digo: vale a pena conferir o trabalho da Kaplan Project Comics. Se não estiver disposto a gastar muito, tem outros trabalhos deles, igualmente primorosos, como uma série de tirinhas de Jason e Fred Kruger, no melhor estilo Happy Tree Friends, entre outros mais. Dos produtores independentes, são os que têm maior diversidade de material próprio.



Do outro lado desses produtores independentes, temos os desenhistas e quadrinistas da “old school” (por assim dizer). Muito material impresso bacana, muita pegada de fantasia e aí vemos uma outra distinção entre esses produtores. Enquanto as webcomics possuem características cartoons e chargistas, os “zines” têm (em sua maioria) um apelo mais comics mesmo, ou graphic novels. Acho que esses merecem um capítulo à parte, talvez no domingo eu entre em mais detalhe. E não é por enrolação não, é pra me dedicar mesmo a falar deles com mais cuidado e respeito. Afinal, as webcomics estão aprendendo a andar. Ainda tem chão pra percorrer, enquanto seus antecessores, com toda a experiência de vida, nos ensinam a nunca esquecermos nossas origens de crítica, humor, inovação, coragem pra correr riscos e cometer erros. Em resumo, experimentação. É disso que falamos quando nos referimos aos produtores independentes. É o fugir do senso comum, como Allan Moore e Warren Ellis fazem, sem medo.

Bom, esse foi o segundo dia do 8º FIQ pra mim. E espero que, se ainda não foram, aproveitem esse feriado e se divirtam no FIQ. Gastem tempo, conversem com seus autores favoritos, conheçam outros produtores e não esqueçam de incentivar a produção desse material. Afinal, é com o retorno que vocês dão que se torna possível todo esse mundo.

Eu, Marcos Noel e Gisele Noel

O quê vi no FIQ 2013? – primeiro dia

Mais um FIQ. O oitavo pra ser mais exato. Evento que acontece a cada dois anos em BH, reunindo diversos autores independentes e convidados nacionais e internacionais, como Erika Awano, Marcelo Cassaro, Ivan Reis entre outros.

Laerte
Laerte Coutinho
Esse ano, o 8º FIQ homenageia Laerte e seus trabalhos fantásticos, tais como Piratas doTietê. Não vou me ater ao “palco principal”, mesmo porquê existem veículos que se dedicam quase que exclusivamente à isso. Durante esses cinco dias, tentarei trazer o máximo de informações que as mídias especializadas não trarão (será que consigo?). Tentarei registrar momentos únicos, peças e conversas com publicadores independentes, além de um ou outro bate-papo com gente que é a cara do FIQ.

Por hoje, vou deixar um relato do que vi no primeiro dia e acho que deu pra entender um pouco também do rumo que o universo de quadrinhos está tomando no Brasil.

O primeiro ponto a favor do 8º FIQ foi a sua organização. Eu, que já trabalhei nas cinco primeiras edições, não vi (ou não percebi) desespero dos voluntários e/ou organizadores e, se conseguiram esconder isso, meus parabéns. Logo na entrada, temos um balcão com atendentes tranquilos (talvez porque não estivesse lotado, afinal, era uma bela de uma quarta-feira) que estavam super prestativos.

Família Coala
Mentirinhas - Fábio Coala
Os estandes são pequenos. Na verdade, minúsculos. Fiquei com dó da galera do Webcomics in da House que, além de estarem num espaço 3x4,5m (+/-13m²), ainda foram o estande mais visitado. Das 6 horas que fiquei no FIQ (ontem), não vi sossego pra eles. Estande altamente disputado. Carlos Ruas e Fábio Coala foram os mais requisitados (consegui bater um papo com eles, mas isso eu deixarei pra outro post). Mesmo assim, a atmosfera estava legal. Cheio de gente pedindo autógrafos, tietagem... Sim. Tivemos tietes no esta
nde da Webcomics.


Garage kit Green Lantern: Rebirth
Em contra partida, vi editoras como Devir e Panini com estandes do mesmo tamanho dos independentes e com poucos visitantes. A Comix também esteve presente, lotada com edições de mangás e comics que não achamos mais em bancas e livrarias, além de garage kits (um deles eu quase comprei, mas tive que me segurar, senão não teria grana pro resto do evento e pros presentes da minha noiva). A Comix estava lotada e seu estande era um dos maiores do evento (mesmo assim, bem enxuto, perto dos anos anteriores). A Leitura, com seu mega estande, ao lado do da Casa de Quadrinhos, tinha algumas coisas que valiam à pena (principalmente se você é do interior), mas, assim como a Comix, nada diferente do que se vê em suas lojas físicas, ou de internet. O grande lance, desses “grandes”, é a possibilidade de tentar negociar o preço (pechinchar mesmo) e eliminar o frete. Pra colecionadores e fãs de Batman, aconselho a Poiso Ivy (Era Venenosa), uma estatueta linda (cara) mas que vale cada centavo. Infelizmente, esses produtos vêm em poucas unidades e, essa peça em questão, vi apenas duas (mais a de exposição). Outras peças que me chamaram a atenção foram as do Lanterna Verde (cara, eu sou fã e juro que o dedo coçou pelo garage kit oficial do Green Lantern: Rebirth).

Bom, vi muito mais coisa no evento, mas acho que vou guardar algumas coisas pros próximos posts. Mas uma coisa eu já percebi e deixo bem claro: o momento é das webcomics. Todas fantásticas, fugindo e muito do padrão nipo/americano que víamos nos últimos anos. Parece mesmo que o Brasil gerou essa identidade própria. Algo realmente contemporâneo, algo que enche os olhos de quem lutou ou luta nesse mercado.











Fico feliz de ter participado da criação do primeiro FIQ e, hoje, vejo o retorno disso com sorriso nos lábios e uma vontade enorme de dizer que valeu cada gota de suor dos primeiros anos e noites em claro pra montarmos estandes. Ainda que o evento pareça um tanto menor de estrutura física, o mesmo é um lugar fabuloso e que nos faz conhecer novos talentos e coisas que virão fazer sucesso um dia. Por que é disso que se trata o FIQ e, citando o sr Afonso Andrade: “(...) são esses malucos e apaixonados que tornam isso possível.”

Webcomics in da House - Lotada
Preciso respirar!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pequenos erros...

Sabe aqueles pequenos erros, aqueles que dizemos: "Não é nada demais, logo esquecerei."? A gente nunca esquece.

Quando cometemos esses "pequenos deslizes" demoramos a nos perdoar. Se for ao lado ou contra alguém que amamos, se torna pior. Acabamos acreditando que tudo de errado que vem depois é consequência desses "pecados não confessados". Não direi que são ou que não são. Na verdade, a culpa desses é que nos consome, gerando insônias, ansiedade, influenciando nas decisões posteriores. Às vezes, nem conseguimos resolver coisas simples, por conta dessas "pendências antigas".

Eu sou um desses que sofrem com tal coisa. Se há uma pendência, raramente consigo seguir em frente sem pedir perdão, sem uma boa conversa... até decisões de uma simples viagem se torna difícil. Até mesmo um olhar, não tem mais aquela segurança de sempre.

"O perdão cura." - já diziam alguns amigos meus. Eu ouso dizer mais que isso. O perdão é conquistado com uma boa conversa de redenção. Um reconhecimento de seu próprio erro e a certeza da paz em harmonia com quem foi o "ferido". Só assim é que alcançamos o "esquecimento dos erros" e seguimos em frente, sem culpa.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Num dia desses...

Esses dias não têm sido bons pra mim. Não queria escrever algo melancólico mas acho que não tem outro jeito.

Nesses dias passados, desde o fim de março, minha saúde não está tão boa. Meu condicionamento físico também não. Aliado há alguns problemas sociais, meus dias vêm como espeças nuvens, escuras e que despejam pedras de gelo sobre a minha vida. Na verdade, há muito não vejo chuva de granizo em BH, mas me sinto como se fosse atingido a todo o tempo por uma "gota" dessa chuva.

Me sinto cada dia mais sozinho e impotente. Mas também me sinto aguerrido e disposto a mudar tudo de lugar. Meu espírito pirata está mais aceso nesses dias e, por isso mesmo, é mais uma "briga" em que me meto, tentando impedi-lo de tomar o controle e levar-me pra longe dessa minha cidade. Sim, às vezes quero ir pro mar e navegar à toda vela. Viver o curso da história de aventureiros insólitos. Ahh, como queria ter meu próprio navio!

Toda vez que fecho os olhos, lembro de Simbad, Gancho, Barba Negra, Henry Morgan, Nemo. Todos esses, personagens (reais ou não) que permeiam uma vontade gigante em meu ser. Uma vontade de esquecer meus limites, aqueles mesmos que me impediram de servir a aeronáutica e pilotar as beldades que cruzam os céus dessa Terra.

A verdade é que esses dias me cansaram mais que o normal. E gostaria mesmo de zarpar e ver o Sol se por nos mares do sul. Gostaria de ver até mesmo os perigos de uma sereia ou o prazer de atravessar a carcaça do Kraken. Fazer meu nome conhecido, ainda que nunca tenha posto os pés no porto onde comentam minhas histórias. Mas tenho deveres aqui nas montanhas. Tenho promessas a serem cumpridas. E odeio falhar com a minha palavra.

Quem sabe daqui um ano? Quem sabe daqui um mês? Na verdade, um dia desses acabarei fazendo isso. Mas só depois de cumprir minhas promessas.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Avengers ASSEMBLE!


Todos já devem conhecer o desenho The Avengers: Earth's Mightiest Heroes (Os Vingadores: Os Heróis mais poderosos da Terra), mas o que muitos não sabem é que o mesmo foi cancelado uns dois anos atrás, mesmo com todas os elogios e rendas possíveis. A Disney encerrou a série em sua segunda temporada (desfazendo um contrato que havia garantido até a 4ª temporada). Em seu lugar, começou a produzir Avengers Assemble. Dessa vez, buscando uma arte mais próxima aos quadrinhos e adequando os uniformes ao mega sucesso The Avengers (filme que todos conhecemos bem).

Mas por que estou falando isso? Bem, dia 22 de maio (mais de um ano após o encerramento de sua antecessora e anúncio do mesmo) estreou o primeiro episódio da série. Como não devia deixar de ser, aqui vai minha resenha sobre o novo desenho, "Avengers Assemble". Não se preocupem, não irei dar spoilers.

O primeiro episódio (como disse antes) foi ao ar dia 22 de maio e o segundo dia 27 (segunda-feira) e está sendo transmitido pelo canal XD da Disney. Comparando com o The Avengers: Earth's Mightiest Heroes, tem muito o que evoluir (em termo de roteiro e apresentação). Os heróis nem são tão carismáticos como os anteriores. O desenho busca repassar todo o ar de comics mesmo, com cenas que lembram as HQs animadas. A animação (não sei se é por ter visto online) parece um tanto dura e algumas cenas parecem terem sido deletadas sem motivo (principalmente no primeiro episódio).

Ainda sobre roteiro, a trama parece muito simplória. Até as falas foram meio que transplantadas do filme, como foi o caso do Hulk: "I always angry!" - Não irei me aprofundar muito, mas já digo: "The Avengers: Earth's Mightiest Heroes" tinha muito mais conteúdo nos dois primeiros episódios e um apelo mais dinâmico também. Sem contar a trilha, muito empolgante e tipo... "Fight as One" =D tudo que um nerd de 30 anos adora pra relembrar sua infância ^^

 Enfim, desejo que "Avengers Assemble" melhore nos próximos episódios e nos mostre um bom divertimento, como foi seu antecessor e Young Justice o é.

Ps:

Pra relembrar a série cancelada... https://www.youtube.com/watch?v=xxaJpUnF6xA

E pra aqueles que não têm problema com a língua norte-americana, podem assistir aqui nesse link http://www.watchcartoononline.com/anime/avengers-assemble

domingo, 26 de maio de 2013

33 e...

De tudo ja vivi um pouco dessa vida.
De tudo já vi um pouco.
Vi o Ayrton Senna se levantar em Mônaco,
mas o vi morrer também em Ímola.
Vi a ditadura acabar e a Constituição Brasileira ser criada.
Vi Micha chorar nas olimpíadas da Rússia,
Vi o Muro (de Berlim) cair.
Ouvi Paralamas do Sucesso e U2, Raul e os Trapalhões na TV.
Vi um Impeachmant e também usei uma.
Consertei um Atari, joguei Mario, Sonic e Street Fighter.
Vi surgir o CD, DVD, Blu-Ray e o USB.
Napster, Megaupload, iPod, iPad, Android,
MIRC, IRC, Messenger e ICQ (OH, OH!).
Cazuza, Renato, Roberto e o Fábio (não o padre, nem o Caio. O outro Fábio)
Vi Doctor Who, Star Trek, Star Wars, Starblazers, mas não o Starbucks (ainda tenho que ir em um).
Kitt (o carro), Arthur, Jones, Johnny Quest e Johnny 5
Vi Wall-e também, Procurei Nemo, Tive brinquedos vivos e observei uma "Vida de Inseto"
Nausicaä, Mononoke, Chihiro, Motoko, Goku, Atena e Yuyu
Vi o Tetra, o Penta e várias outras olimpíadas.
Tijorola, Playstations, Xbox,
Mini-game, vídeo game, patassaura...
Ok, vou parar por aqui. A lista não termina! Já cansei de lembrar de coisas. Muitas coisas até mesmo pra mim. 80's, 90's e 2000's. Vi o mundo acabar muitas vezes também ^^

33 anos não cabem numa folha. Nem em uma página. Quanto menos num post.

Que venham tantos mais e mais.

Parabéns a todos desse ano http://pt.wikipedia.org/wiki/1980
 Adoro essa bandeira ^^ desde Simbad e esquadrão Skull em Macross, Capitão Gancho, Ilha da Garganta Cortada, Goonies... já vi de tudo um pouco mesmo.



terça-feira, 21 de maio de 2013

Tempo

Quanto tempo tem em uma hora? Olhei hoje pro relógio do meu smartphone e vi 00:58. É estranho pensar nos minutos dentro da hora, segundos e décimos de segundo. Mas imagine isso em dias, ou anos? Ok, sei que existe uma tabela pra isso, mas não me refiro ao valor matemático, nem outro valor "tangível", por assim dizer. De qualquer forma, esse "tempo dentro do tempo" me fez pensar em "outro tempo". Um tempo real. Um tempo mais parecido com o descrito por Einstein.

Minha noiva está nos Estados Unidos hoje. "Amanhã", pode ser que esteja na "Inglaterra". Mas e eu, onde estou nessa "malha"? Estou aqui, me lembrando dela. Lembrando do seu sorriso e suas preferências. Do seu abraço e de suas brigas comigo (na verdade, muitas das vezes sou eu quem provoco pra ver sua cara de brava), seus beijos, seu carinho, seus sonhos. Ah, seus sonhos! Sonhos tão altos que demorei a aceitá-los (ou não, depende de como você enxerga a vida). Poderia estar ao lado dela fisicamente agora, ou não. Afinal, nunca saberemos o que aconteceria se ela tivesse viajado antes, ou não ter viajado agora. Tudo é um "se". Aliás, ela odeia essa preposição "se". O legal dessa preposição é saber que só a usamos porque não gostamos ou não aceitamos a realidade de agora. Se aceitássemos, não usaríamos o "se". E olha só! Usamos um "se" pra definir outro "se". Paradoxo, não é mesmo? Sim. O tempo que negamos aceitar é um paradoxo, que nos levará a outro e, consequentemente, uma insatisfação recursiva, que nunca se satisfaz. E é essa insatisfação que nunca nos permitirá prosseguir, avançar e saborear o momento que temos, quem dirá um amor? "O amor suporta tudo. O amor não acaba, não definha. O amor nos faz diferente de tudo." - fácil falar. Difícil é viver isso. Só quem ama alguém e teve que abrir mão do convívio com essa pessoa é quem sabe a dimensão dessas frases, dessas dores. Somos humanos e, até onde podemos entender, somos os únicos seres sobre a terra, dotados desse sentimento. Por isso sofremos, por isso choramos e por isso nos alegramos com uma pessoa. E o tempo, atrelado a uma distância não ajuda muito a passar por esses desafios de amar.


Novamente o tempo. "Menino mau! Muito mau!" - bem que poderíamos chamá-lo assim. Tempo que insiste em nos lembrar que ainda existem meses, dias, semanas e segundos pra reencontrarmos quem amamos. Pra termos conosco aqueles que, com grande pesar, deixamos partir, alicerçados na fé de que quando voltarem, nunca mais deixaremos de proteger, de cuidar, de amar e de estarmos perto, juntos, pra sempre. É, o tempo sempre tenta nos deter com o advento da demora, do imediatismo, do fast food e "just in time". Mas quando usamos suas próprias armas contra ele, à exemplo do "juntos pra sempre", esse mesmo tempo se desmorona e dá lugar à certeza e alegria da vida que nos foi dada. Eu, de certa forma, sou um tanto peculiar. Ainda carrego a ideia que minha promessa, palavra ou juramento, são sagrados. Ainda mais num altar. Ah, e quando for a minha vez, ao lado da minha noiva, de dizer meu voto, de declarar meu amor com todas as palavras que Deus me permitir dizer, o tempo se tornará ínfimo e poderemos celebrar a vida que nos é prometida.


Por enquanto, me atrelo à fé de que logo estarei com minha noiva e enfrento um "se" a cada segundo da minha vida. Seja ela estando longe ou perto. Faltando um ano ou uma hora pra vê-la de branco, entrando pelo caminho preparado pra ela. Pra mim, não há diferença nesse tempo. Mas de uma coisa eu sei. A cada dia que passa, esse tempo diminui. E a cada dia que passa, também aumenta o meu "pra sempre" ao lado do meu amor.


Tempo é relativo. Até mesmo pro próprio tempo. 


sábado, 18 de maio de 2013

Mil faces de um amor verdadeiro


Ontem, me peguei conversando com minha noiva e, como é de costume, comecei a me declarar pra ela. Mas isso não tem nada demais, apenas um dia normal.

A diferença foi que ela se sentiu um tanto excluída, só porque tem preferencias um tanto "exóticas" (nem são tão exóticas assim, apenas diferentes). Pois bem, ela tava meio chateada (ela não confirmou isso, mas sei que estava) e acabei usando a situação pra lembrá-la que não há ninguém mais especial pra mim, que não existe alguém melhor, mais bonita ou que eu quisesse ao meu lado além dela.

Segui mostrando algumas imagens de heroínas que gosto muito, comparando-as à ela. Cada imagem, era um momento, uma característica específica da minha noiva, desenhada em personagens de mangá e animê.

Foi nessa hora que percebi. Na verdade, eu disse algo que me fez pensar depois. Todas essas heroínas, eram a minha noiva. Não consigo mais ver cada uma delas sem ao menos lembrar da minha noiva. Todas elas, de algum modo, têm características que são inerentes do meu amor, da minha noiva. É fato que escolhemos pessoas que nos lembrem nossos heróis de infância, mas nunca havia percebido ou visto alguém com imagem tão pura dessa situação. Percebi que minha noiva já fazia parte da minha vida, antes mesmo de conhecê-la.

Foi bom. Foi divertido. Foi engraçado também, ver Asuka Langley (Evangelion), Miyazawa Yukino (Karekano), Nausicaä (Nausicaä), entre tantas outras personagens tão queridas, reunidas numa única pessoa. Tá certo que minha noiva, fisicamente, mais parece a Fuu Hoouji/Anne (Rayearth), mas seu comportamento e "crises" estão mais próximos das anteriores. Quando estamos juntos, mais parecemos o casal principal de karekano (Yukino e Arima), mas quando a vejo em viagem, sua personalidade de Nausicaä é quem desperta. Quando está brava, é a própria piloto do Eva-02 (e quem sou eu pra descordar dela? É sim senhora e olhe lá!).

Essas são três (ou quatro) das mil faces do meu amor verdadeiro. Um amor que transcendeu a barreira dessa realidade, pra se manifestar no universo das HQs e me guiar até encontrar a minha noiva. Minha Loirinha. Minha traveller.

Essa é só mais uma das histórias que um dia contarei aos meus filhos, que contarei no altar do meu casamento (se eu não me esquecer), que levarei eternamente comigo, porque é nisso que tenho reforçado minha fé e suplantado a saudade dessa que é, sem dúvida alguma, o amor que Deus me deu. A mulher da minha vida. A pessoa que amo e sempre amarei. Pra todo o sempre.

Obrigado por ser quem você é, Loirinha. Obrigado por ter me aceitado, escolhido esse bobo. Obrigado por gostar desse nerd e trapalhão.

Obrigado por existir, Dani.



sábado, 2 de março de 2013

Skyfall - crítica?


O que falar de 007: Operação Skyfall? Bem, usarei as palavras do meu irmão quando lhe perguntei qual era a mensagem do filme: “-Meu nome é Bond, James Bond.”- Acreditem, ele respondeu na brincadeira, mas acertou em cheio.


Pra mim, dos três filmes de Daniel Craig como o 007, Cassino Royale é o melhor. Sou fã do personagem e suas aventuras quase impossíveis. É, sem dúvida, um ícone da cultura pop/cult do cinema e geral. Mas “Operação Skyfall” é muito bom. Tem uma métrica bem legal e centra numa discussão paradoxal da atualidade: “o velho contra o novo”. Em um diálogo de Bond com “Q” (não é o de Star Trek), o último (atual contramestre da MI6) é até menosprezado pelo principal agente da Rainha.

“-Com licença.

-007... Eu sou o agente Q.

-Você tá de brincadeira.

-Só porque estou
sem o meu jaleco?

-Porque ainda
tem espinhas no rosto.

-Minha aparência não é relevante.

-Mas sua competência é. (...)”

 O resto do diálogo é a continuação da apresentação de “Q”. Um jovem cientista, com aparência totalmente inofensiva, sem experiência em campo e (aparentemente) em um serviço burocrático, coisa que Bond deixa bem claro que odeia.

Esse paradoxo entre velho e novo continua por todo o filme. Aliás, ressalva pro roteirista que conseguiu não colocar nada altamente tecnológico ou “extravagante”. Na verdade, sentimos até uma certa falta dessas coisas. Um carro todo alterado, uma “caneta explosiva”. Sim, amantes da velha escola do super agente 007 irão sentir essa saudade, afinal, é disso mesmo que o filme se trata e o faz muito bem.

Podemos considerar “Operação Skyfall” um rito de passagem, bem como um alerta. Fazendo um paralelo com a “vida real”, todos somos obrigados a evoluir, a tornarmos mais adequados às novas formas de trabalho, ao mesmo passo em que o sr tempo começa a nos dar sinal de sua existência. A cena do elevador, onde a mão do agente começa a não suportar seu próprio peso, e as expressões de Daniel Craig, ao detonarem o clássico DB5, são umas dessas “citações”. Ahhh! As citações. Vou retratar aquela, que talvez mais tenha me marcado. “M” em meio a um “julgamento” (pra mim, aquilo era um julgamento burocrático, totalmente anti-ético. Achei sacanagem com a “M”, mas isso é o fã falando):


“Não tenhamos agora a força que em velhos dias
Movia Terra e Céu; o que nós somos, somos;
Um igual temperamento de heróicos corações,
Fracos por tempo e fado, mas fortes em seguir
A lutar, a buscar, a achar e não ceder. ”

“We are not now that strength which in old days
Moved earth and heaven; that which we are, we are;
One equal temper of heroic hearts,
Made weak by time and fate, but strong in will
To strive, to seek, to find, and not to yield.” - Tennyson


Se pudesse dizer mais alguma coisa, diria que, pra mim, foi uma saída clássica, ao mesmo tempo que era uma declaração do próprio obituário. “M”, como sempre, bem centrada em seu trabalho. Uma dama inteligente, determinada e comprometida com seu país e conhecedora do destino que lhe era imputado. Uma mulher forte que não recuou, nem mesmo no pior momento (me refiro à ordem de tiro contra Bond).

Em termos de técnica, Operação Skyfall peca pela continuidade. Muitos erros simples, de tal forma que foram percebidos com menos de 15 minutos. A citar, motos nos telhados; close-up em Bond dentro do carro, chegando à nova base do MI6; o Land Rover que sua parceira dirigia ainda tinha para-brisa, quando a própria o arrancou. Enfim, muitos, muitos erros mesmo. E isso porque só mencionei alguns dos que vi.

No final das contas, 007: Operação Skyfall, é um filme que confronta o clássico e o novo. A aparição do DB5, a arma usada para matar o Silva (sério que o vilão paranóico e ex-integrante do MI6, usando metrô como atentado terrorista é brasileiro?), o “simples rádio” e a arma com assinatura biométrica, além do computador e o erro clássico de “inexperiência” do contramestre “Q”, conectando o notebook ao sistema central do MI6. E nem mencionei o Mallory, que bem poderia ser considerado como o clássico super competente incompreendido.

Sem dúvida, um filme atual, com referências, citações e homenagens aos clássicos do agente mais famoso do mundo, provando que podemos nos adequar ao novo, sem abrir mão daquilo que somos, o qual re-afirma as palavras do meu caro irmão e as de “M”:

“Meu nome é Bond, James Bond.”

domingo, 13 de janeiro de 2013

Pro dia nascer feliz

Em um mundo repleto de desavenças, somos iludidos por nossa paz habitual, onde esquecemos que o menor deslise é capaz de mudar toda a sua felicidade.

Hoje não é um daqueles bons dias pra mim. Na verdade, a semana inteira tá meio zuada ainda. Mas o mais importante é o fato de uma escolha mudar todo o seu humor e o dos que estão ao seu redor. Sim, uma escolha errada e diga tchau à sua felicidade. Um olhar diferente, um não (só pelo "não" mesmo) pode ser o início de uma guerra sem fim.

Não deveria ser assim. Temos direito de discordar, de escolhermos coisas diferentes, mas mesmo assim somos "culpados" por tal escolha. Sim, somos culpados sim, nisso eu concordo. Mas acusados de mal, ou de indiferentes, ou até mesmo egoístas, apenas por uma escolha diferente da habitual, é muita sacanagem. Mas o mundo diz o inverso. Na verdade, o mundo só diz coisa que não deve. Vejamos o seguinte: o mesmo mundo que fala "Você tem que ser original." e "Faça suas próprias escolhas." é o mesmo que diz "Evite contendas. Se entregue aos irmãos" ou "Pare com isso. Não tente ser diferente dos outros." e blá, blá, blá.

Se discordo de algo que outro julgue diferente demais pra ele, sou um anarquista, quero aparecer etc... mas se discordo de uma coisa que favorece o pensamento dessa mesma pessoa, sou chamado de visionário, um homem à frente do tempo, um modelo a ser seguido. Sendo assim, cada escolha que faço, ditará a minha aceitação social.

Escolhas são feitas à cada minuto de nossas vidas, sendo essas mesmas as responsáveis pelo nosso bem-estar social, seja com nosso cônjuge, seja com pais, amigos ou serviço. Uma escolha, ou um desejo diferente, pode gerar uma desavença em nossa ínfima paz habitual. E se essa paz perdura por um longo tempo, qualquer escolha fora da linha costumeira te deixa desiludido, chegando até mesmo a questionar o valor real de sua convivência ou mesmo dessa escolha.

Escolhas devem ser feitas com coragem, certeza, confiança, fé e, sobre tudo, individualidade. É bom sim desapegarmos de muitas coisas, mas não devemos esquecer que nossa individualidade é tão sagrada como o sim do casamento, o amor que devotamos à outro, tão importante quanto nós mesmos (como vida). Se não fosse para sermos nós mesmos indivíduos, Deus teria nos criado como máquinas programadas sob a mesma string ou request de SQL. Poderíamos ficar apenas parados à frente de uma linha de produção, enquanto o arroz, feijão e privada (vaso sanitário em outros lugares) aparecem à cada momento necessário.

Estamos sempre sujeitos à uma resposta negativa à escolha feita, assim como uma resposta boa. Nossa escolha nunca deve ser desacreditada, se escolhemos é porque julgamos e ponderamos que era o certo a ser feito. Se assim fizemos, devemos estar preparados pro bem ou mal, pro obrigado ou pro xingamento.

Não tenha medo da reação. Nunca menospreze a escolha feita, ela é a sua individualidade. Ela é a resposta e prova de que você é humano e um indivíduo real. E não uma máquina Xerox da esquina.