Como é bom voltar a treinar e, ainda por cima, em dia de treino ao ar livre, no Parque das Mangabeiras.
Experiência única. Dificuldades do terreno, do clima, do Sol. Esse último nos castigou com vontade. Mais aos que usaram bogu. Mesmo aos que fizeram apenas iai e Niten Ichi Ryu, foi um desafio a mais. Por diversas vezes, tive que tirar pedrinhas caminho. Pequeninas, mas eram elas que nos atrapalhavam. As grandes desviávamos, mas as pequenas, quase invisíveis por serem da “cor“ do lugar, essas nos atrapalhavam e muito. O mesmo acontece em nossas vidas.
Curiosamente, senpai Fonseca nos incubiu de fazermos um relato do treino. Eu já o havia iniciado em minha mente. Mais uma confirmação daquilo que digo: “nada é por acaso“.
Como disse, treino puxado. Relembrei coisas do início dos meus momentos no Niten. Foi incrível ver que dexei passar coisas simples como os primeiros katas, não porque eram fáceis ou simples, mas porque são a base dos demais que se seguem. É óbvio que no Suyo Ryu é mais prático de se conseguir treinar em qualquer lugar (em sua maioria, fazemos o kata sozinho), mesmo assim, não se torna motivo pra “negligenciar“ outros katas de outro estilo.
Base, forma, terreno, todos citados no momento de ouro (de uma forma ou de outra) e que fizeram muito sentido pra mim. Os pés que não podiam ser usados com o suriashi, as pedras ao chão que nos deixavam preocupados em não pisar, desviando nossa atenção durante o combate. Adaptar-se à situação. Manter a postura, mas deferir o ipon. Ensinamentos esses que jamais serão esqueidos, bem como o tempo “filosófico“ que alguns de nós pudemos compartilhar, analisando a natureza e refletindo nos ensinamentos de Musashi Sensei.
Muita coisa foi experimentada. Muita coisa foi compartilhada e também vivida. Não há, ainda que essa seja minha vontade, como transmitir isso, a quem quer que seja, por meio de palavras. Mas espero ter conseguido transmitir o básico. NÃO NEGLIGENCIAR A BASE, MAS ADAPTE-SE AOS MOMENTOS E INSTANTES DO COMBATE.
Sayonará, ariatô gozaimashitá.
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