Quantas pessoas falam que o Inferno não existe? Quantas pessoas entram em pånico quando ouvem sobre 2012? Já cansei disso. E creio que você também deve.
De um lado, a turma do “deixa pra lá“, noutra ponta os “você vai pro Inferno“, isso sem contar nos milhares de movimentos que surgem a cada dia.
Essa briga já encheu o saco. Será que poderíamos, nós cristãos, pararmos de falar do mal e começarmos a falar do amor de Cristo?
Ontem recebi um link de uma matéria da Istoé, falando da migração religiosa. É duro ler coisas assim, sabendo que as pessoas vêm depositando sua fé em clérigos que mais prometem, ou em coisas materiais. Se bem me lembro, a religião deveria significar o desapego material, importando-se mais com as pessoas, família e Deus.
O que vemos hoje é um total descaso com o homem, uma preocupação com instituição e nada mais.
É fato que religião não salva ninguém, mas o que venho reclamar aqui é a distorção da ideia de comunhão, graça e resgate daqueles que necessitam. Ideias que eram, e deveriam ser ainda, o centro da religião como um todo.
“Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei“ - não vejo mais isso.
Realmente, o paraíso fica aqui. O paraíso da corrupção, o paraíso da instituição... o paraíso do diabo. Sim. Eu disse isso mesmo porque ludibriar pessoas com falsas promessas é o mesmo que roubar delas o seu sustento. O problema é que o sustento ela consegue recuperar com trabalho, mas e a fé que é roubada e corrompida? Como fica?
O mundo parece sim estar no fim. Só espero que o paraíso do diabo não faça parte do novo mundo que se forma à frente.
Toda honra, glória e poder ao único que é dígno de louvor e adoração. A TI, Senhor, seja a glória e majestade. E perdoe-nos pela ignoråncia, medo e descaso. Piedade de nós.
Amém.
Ps: esse texto é um manifesto da minha revolta contra o formato de evangelhiquês pregado nesses tempos. Se você se incomodou com isso me perdoe, mas sei que alguém, um dia, poderá encontrar alento nesse texto. Ele verá que não está sozinho e, quem sabe, terá sua fé renovada na Palavra, na Verdade que é o próprio Deus. Que se fez carne, se humilhou por mim, por nós e que abominou o mercado na casa de Deus. Que abominou o indulto, que acolheu o ferido, o cansado. O Deus verdadeiro que nos deu o sermão do monte, que há muito foi esquecido.
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