Mais um FIQ. O oitavo
pra ser mais exato. Evento que acontece a cada dois anos em BH,
reunindo diversos autores independentes e convidados nacionais e
internacionais, como Erika Awano, Marcelo Cassaro, Ivan Reis entre
outros.
Laerte Coutinho |
Por hoje, vou deixar um
relato do que vi no primeiro dia e acho que deu pra entender um pouco
também do rumo que o universo de quadrinhos está tomando no Brasil.
O primeiro ponto a
favor do 8º FIQ foi a sua organização. Eu, que já trabalhei nas
cinco primeiras edições, não vi (ou não percebi) desespero dos
voluntários e/ou organizadores e, se conseguiram esconder
isso, meus parabéns. Logo na entrada, temos um balcão com
atendentes tranquilos (talvez porque não estivesse lotado, afinal,
era uma bela de uma quarta-feira) que estavam super prestativos.
Mentirinhas - Fábio Coala |
Os estandes são
pequenos. Na verdade, minúsculos. Fiquei com dó da galera do
Webcomics in da House que, além de estarem num espaço 3x4,5m
(+/-13m²), ainda foram o estande mais visitado. Das 6 horas que
fiquei no FIQ (ontem), não vi sossego pra eles. Estande altamente
disputado. Carlos Ruas e Fábio Coala foram os mais requisitados
(consegui bater um papo com eles, mas isso eu deixarei pra outro
post). Mesmo assim, a atmosfera estava legal. Cheio de gente pedindo
autógrafos, tietagem... Sim. Tivemos tietes no esta
nde da Webcomics.
Em contra partida, vi
editoras como Devir e Panini com estandes do mesmo tamanho dos
independentes e com poucos visitantes. A Comix também esteve
presente, lotada com edições de mangás e comics que não achamos
mais em bancas e livrarias, além de garage kits (um deles eu quase
comprei, mas tive que me segurar, senão não teria grana pro resto
do evento e pros presentes da minha noiva). A Comix estava lotada e
seu estande era um dos maiores do evento (mesmo assim, bem enxuto,
perto dos anos anteriores). A Leitura, com seu mega estande, ao lado
do da Casa de Quadrinhos, tinha algumas coisas que valiam à pena
(principalmente se você é do interior), mas, assim como a Comix,
nada diferente do que se vê em suas lojas físicas, ou de internet.
O grande lance, desses “grandes”, é a possibilidade de tentar
negociar o preço (pechinchar mesmo) e eliminar o frete. Pra
colecionadores e fãs de Batman, aconselho a Poiso Ivy (Era
Venenosa), uma estatueta linda (cara) mas que vale cada centavo.
Infelizmente, esses produtos vêm em poucas unidades e, essa peça em
questão, vi apenas duas (mais a de exposição). Outras peças que
me chamaram a atenção foram as do Lanterna Verde (cara, eu sou fã
e juro que o dedo coçou pelo garage kit oficial do Green Lantern:
Rebirth).
Bom, vi muito mais
coisa no evento, mas acho que vou guardar algumas coisas pros
próximos posts. Mas uma coisa eu já percebi e deixo bem claro: o
momento é das webcomics. Todas fantásticas, fugindo e muito do
padrão nipo/americano que víamos nos últimos anos. Parece mesmo
que o Brasil gerou essa identidade própria. Algo realmente
contemporâneo, algo que enche os olhos de quem lutou ou luta nesse
mercado.
Fico feliz de ter participado da criação do primeiro FIQ e, hoje, vejo o retorno disso com sorriso nos lábios e uma vontade enorme de dizer que valeu cada gota de suor dos primeiros anos e noites em claro pra montarmos estandes. Ainda que o evento pareça um tanto menor de estrutura física, o mesmo é um lugar fabuloso e que nos faz conhecer novos talentos e coisas que virão fazer sucesso um dia. Por que é disso que se trata o FIQ e, citando o sr Afonso Andrade: “(...) são esses malucos e apaixonados que tornam isso possível.”
Preciso respirar! |
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