quarta-feira, 22 de julho de 2015

Sobre o Homem-Formiga‬ --- Review SEM SPOILERS

Arte de Homem-Formiga nas HQs
Um filme com característica de "Sessão da Tarde", o que pra mim não é ruim. Pra falar a verdade, de todos os filmes da ‪‎Marvel‬, este é o que mais chega próximo dos quadrinhos. E não estou falando de manter a história intacta (porque isso não acontece), mas porque a essência do herói (no caso o Scott Lang, que é o segundo Homem-Formiga) e também ao clima da aventura te levam pro universo heroico dos anos 70-80 das HQs.


Paul Rudd - painel da Comic Con

Talvez a culpa disso seja do protagonista (Paul Rudd), mas todo o elenco é meio pateta e isso gera uma "química" entre os atores e personagens. Esses últimos então, extrapolam a canastrice, lembrando até diálogos do desenho do Homem-Aranha da década de 90. Nem mesmo o vilão (vivido pelo Corey Stoll) escapou das palhaçadas.







Paul Rudd com figurino de Scott Lang/Homem-Formiga
Serei sincero, nunca fui fã do personagem Scott Lang, talvez porque o Dr Hank Pym (Michael Douglas) fosse o original, ou mesmo porque sua carga dramática chegava ser inexistente perto da de seu predecessor. Mas a verdade era que não dava a mínima pro personagem que, GRAÇAS A DEUS, ficou muito divertido no cinema. Ouso dizer que é o melhor filme da #Marvel. Lembrando, melhor filme se você acompanha quadrinhos e está buscando algo sem muita profundidade, porque essa é a ideia do filme. Nem adianta ir buscar alguma ligação direta com Avengers, Capitão América e Homem-Ferro, apesar que estão todos lá.

O meu conselho pra quem vai assistir é: abra a sua mente. Esqueça tudo e se deixe envolver pela brincadeira.

Blu-Ray garantido nos fins de tarde lá de casa.

Ps: Destaque para a personagem Cassie. Saí do cinema pensando numa versão do filme sob o olhar dessa menininha.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

E3 2015 e os Next/actual gens



Como alguns sabem, antes da E3 desse ano, ainda estava relutante quanto à compra dos next-gen. Poucos jogos, nada muito novo, equipamentos que mais parecem atualização de hardware... enfim, pouca atratividade pra muito custo. Mas algumas notícias até me fizeram repensar. Não porque sejam importantes ou coisas de outro mundo, mas sim porque revelou-se o desespero das grandes. Não estou aqui pra defender ninguém, apenas quero mostrar o que percebi nas apresentações.

Vamos começar com a Nintendo. Assim como ano passado, fez uma conferência virtual, óbvio que chateou muita gente. Ela, ainda por cima, não apresentou um novo console (ok, todo mundo já sabia disso) e, infelizmente, nos trouxe jogos que deveriam ter saído em janeiro de 2014. Sim, estou falando de Star Fox Zero. Amei o jogo, gosto do game desde o primeiro, mas sejamos sinceros, um jogo bem normal pros dias de hoje. Duas telas, ok. Utilizar o pad do WiiU de forma diferente, ok. Mas seria muito melhor (inclusive pras vendas) se tivesse aparecido no início de 2014. Entre os demais jogos da produtora, lançamentos pro 3DS e pequenos títulos casuais (será que isso não foi uma mensagem da Nintendo, realçando de vez o mobile?).

Quanto à guerra "verde e azul", tenho que admitir: se for comprar, compre agora. Um resolve (finalmente) tirar seus projetos da gaveta e outro abraça as "orações" de seu público. Muitos jogos bons, prometidos pra 2016. Outros com mais e mais previews e demos, apenas pra nos instigar à compra no terceiro trimestre do ano. Vou ressaltar aqui o Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Bonito, cheio de recursos e que, ao contrário de seu predecessor, só deverá ter uma experiência completa no PS4, XOne e PC. E esse sim ouso dizer que se trata do divisor de águas entre as gerações. Tivemos o Titanfall ano passado (que com certeza fez a diferença), mas não foi um título multiplataforma. Uncharted 4, Halo 5, Gears of War, The Last Guardian... todos títulos promissores e que não vemos a hora de pormos as mãos em suas cópias. Todos, prometidos, pros próximos seis meses. Se tem grana, escolha a plataforma e seja um bom menino, pro Papai Noel te dar bons presentes em dezembro.

Presentes, uma coisa que nos faz lembrar. Os títulos do Xbox 360 agora serão jogáveis no XOne. Não todos (os de Kinect foram excluídos ¬¬ e eu achando que voltaria a usar o meu jogo da Nike), mas já é mais um motivo pra comprar a next-gen. Vale lembrar que isso, apesar de uma boa notícia pra quem ainda estava em dúvida de qual console, também se trata de uma tentativa de manter o público. Sejamos sinceros, o PS4 tava cada vez mais conquistando os seguidores do XOne, apesar de não ter liberado títulos de peso ainda. Mas essa manobra pode sim ter apimentado a guerra "verde e azul". A retrocompatibilidade já está disponível pra quem é Live preview e que prova sua implementação real. Isso sem falar que os jogadores não precisarão comprar outra vez os títulos que tinham no Xbox 360. À grosso modo, isso quer dizer o seguinte: Você (assim como eu) tem um Assassin's Creed IV: Black Flag (mídia física) e um MGSV: Ground Zeroes (digital), ambos para Xbox 360. Sua lista na Live conta com eles. Você liga seu perfil no XOne e o MGSV: Ground Zeroes (para o XOne) estará disponível automaticamente pra você baixar. Já o Black Flag, você inserirá no drive e o sistema irá baixar a versão do XOne pro HD. Tudo de graça. Vale lembrar que usei os títulos como exemplo (ainda não se confirmaram a presença dos mesmos na lista dos jogos habilitados). Se isso não é tentar manter o público, então eu não sei mais o que é.

Por fim, ainda sobre a parte "verde" da guerra, o Forza 6 contará com uma versão da GT Academy do Gran Turismo (algo que eu mesmo há muito brigava pra ser implementado). E o melhor é que ninguém mais, ninguém menos que o campeão Emerson Fittipaldi endossa esse projeto. Por isso eu digo e reafirmo: se for comprar a next/actual gen, que o faça agora. Esse é o momento de escolher o seu lado da "guerra". Mas sendo sincero, queria poder ter os dois e me esbaldar no melhor dos dois mundos nesse presente momento.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Casamento e cristianismo

Por vezes nos vemos em dilemas bem pessoais em nossas vidas e não há dilema maior na vida de uma pessoa que o casamento. Não sei quanto a vocês, mas eu sempre me perguntei o porquê as pessoas sentem frio na espinha esperando a resposta à pergunta: "Quer se casar comigo?". Como homem, tenho que admitir, parece ser algo ilógico abrir mão da vida de solteiro, com tantas oportunidades e deleites que o mundo nos proporciona. Ficar com uma única mulher, enquanto poderia "ter todas"? Não parece uma troca vantajosa, não é? Mesmo que você seja um homem como eu (que nunca tenha sido garanhão, ou mesmo tomado tantos "foras" que nem cabem em uma enciclopédia Barsa), essa ideia com certeza passou pela sua cabeça. A verdade é que o mundo oferece muitas facilidades aos solteiros. São tantas as aventuras, os prazeres e experiências que a monogamia vira um pensamento idiota.

Então, por que casamos? Por que fazemos essa pergunta? Será que é herança de uma sociedade antiga, um dogma, ou mesmo um preceito religioso? Pra falar a verdade, não penso que seja isso. Eu acredito sim no amor, no prazer a dois, na cumplicidade e na alegria de um sorriso em especial. Sou romântico sim e não nego. Por isso mesmo, o que escreverei a partir de agora talvez não agrade a todos.

Encontrar uma pessoa que faça seu coração pulsar mais que qualquer outra. Uma pessoa que te faz sorrir sem medo, sem pudor... uma pessoa que você ama e que faz parecer tão ínfimo tudo aquilo que viveu longe dela. Eu sei bem o que é isso. Não estou dizendo que a carne não olhe ou busque "sozinha" ver o resto do mundo, mas sim abdicar desse mundo. É olhar e dizer: "Bonito. Mas não é ela. Não é quem eu quero." - dizer isso é ter a certeza que as palavras "abrir mão de tudo por você" são verdadeiras. É fácil? Não. Não é. Mas você tem alguém com você, que faz com que não sinta falta do resto. Isso é a relação a dois. Isso é a cumplicidade e o prazer de estar e querer ficar ali pra sempre.

E foi aí que me dei conta. O cristianismo também é assim. Em determinado momento, Cristo se refere à Igreja como Noiva do Cordeiro. Ora bolas! Noiva? Como assim? Devemos lembrar que a cultura judaica da época era extremamente racista, mas também monogâmica e as mensagens eram dedicadas a esse universo em questão. Quando havia um casamento, o homem tirava a mulher da casa do pai dela. Ela, por sua vez, morava e adquiria o (sobre)nome do esposo, deixando sua casa e vida antiga. Ao meu ver, Cristo nessa expressão, nos convida a abandonar a casa em que nascemos (mundo) e viver ao Seu lado, "perdendo toda a nossa vida" para ganharmos uma "nova vida".

Dizer não ao pecado, e prazeres que o mundo nos oferece, é como dizer sim ao pedido de casamento. Pra nós homens (que fazemos o pedido) parece um absurdo isso, mas é o que devemos fazer. Recebemos o pedido de casamento de Cristo e, como qualquer casal, assim que dizemos "sim", dizemos também "não" ao resto que o mundo nos oferece. Dizemos sim a um relacionamento monogâmico, a uma vida a dois, onde consiste ver o que existe e poder dizer: "Bonito. Mas não é ELE. Não é quem eu quero.". É claro que virão as pessoas que enxergam a aliança em nosso dedo e vão se afastar em respeito, mas também terão aquelas em que a aliança se tornará um "chamariz de piriguete" e se insinuarão de todas as formas pra nos conquistar. Essas, em sua maioria, só querem saber o porquê que alguém resolveu casar com você (inveja), ou só pelo prazer de destruir as convicções desse relacionamento (porque elas mesmas não o têm).

Eu escolhi uma pessoa na Terra. Também escolhi dizer "não" a todas as outras pessoas. O mesmo fiz com minha fé, a qual de nada adianta sem amor. Isso porque não importa o quão convicto e forte para rejeitar às investidas eu seja. Os prazeres vêm e se apresentam dia-a-dia. E dia-a-dia eu digo: Bonito. Mas não é ela. Não é quem quero. Não é quem eu amo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

RESUMO DAS FASES DO JOGO: 1o. RECEBER NOVOS EXÉRCITOS em função dos territórios possuídos




WAR


Estamos vendo uma mobilização mundial para equipamentos de "defesa", bem como a manutenção da soberania de seus territórios, sem mencionar o medo de terrorismo. 

Gripen NGRecentemente, o Brasil finalizou a compra de 36 caças Gripen/NG, referentes ao programa FX-2, que compete a renovação do arsenal da FAB. Essa história do programa brasileiro se estendeu por mais de uma década, antes mesmo do governo Lula, e hoje influencia na escolha de concorrentes dos programas armamentícios de potências nucleares como a Índia. E não é de aeronaves que vive um programa armamentício. Tivemos compras de novos mísseis, novos radares, helicópteros, navios, tanques e etc. E qual o motivo disso? Mercado? E desde quando temos essa movimentação? Será por causa da crise Ucrânia/Rússia? Será culpa do Estado Islâmico?

F-35Se analisarmos com cuidado, perceberemos que uma decisão de “melhoria” do exército não se faz da noite pro dia, ainda mais com cifras exorbitantes que estouram os bilhões de Dólares (aliás, essas vêm aumentando pra cada um que anuncia um novo investimento na área). Isso não seria nada alarmante se o mundo não estivesse vindo de uma “marcha contra o terror”, de brigas para desarmamento (nuclear ou não), críticas ao uso de armas de destruição em massa e afins. Ora bolas, se existia essa “busca pela paz”, por que o investimento em equipamentos bélicos? Está certo que o 11 de setembro desencadeou uma caça aos terroristas, mas era contra uma (digamos) “categoria extremista de arruaceiros”. E agora temos outro grupo extremista, que (“incoerentemente”) tem como alvo o mesmo personagem que seu antecessor. Certo. Isso quer dizer que os recursos destinados a combater o primeiro agora foram direcionados ao segundo. Plausível. Mas e a “galera do fundão” que não tem nada a ver com a história? E aquela turminha que está se mobilizando “de repente”, munindo-se de equipamentos de última geração e (sim, isso é uma crítica generalizada) EXIGINDO a transmissão de tecnologia pra criação e desenvolvimento das mesmas (podendo até revender a terceiros)?

Entendam: é necessário que um país tenha uma força militar, seja pra defesa de território ou de sua população. O mesmo também deve deter todo o conhecimento necessário pra manter suas tropas e não se colocar em posição desigual, arriscando invasões e ameaças (sejam elas quais forem). O contestado aqui é a rapidez com que os países, que lutavam por um mundo pacífico, desembolsaram bilhões de Dólares em questão de semanas após a movimentação econômica começar a convalescer e não o fato de atualizarem suas defesas.

 Senhor das ArmasLembrando de um filme interpretado por Nicolas Cage, O senhor das Armas, o mesmo cita que o mercado de armas é extremamente lucrativo, inclusive pra uma nação em crise. Os EUA estavam quebrados antes da Segunda Grande Guerra (culpa da crise de 29). Assim que a guerra se instaurou, suas fábricas estavam abarrotadas de trabalhadoras que cuidavam também da casa, enquanto os maridos eram enviados pro front. O desemprego foi quase extinto em território Norte Americano. O mesmo ocorreu na Alemanha, que conseguiu acabar com uma inflação de números astronômicos, simplesmente “declarando guerra” a uma “raça inferior”. E por que estou citando isso? Porque parece que estamos revivendo a história. O palco ainda é a Europa, com crise de emprego, financeira, intolerância de todos os gêneros e uma capacidade de não aceitar o “externo”.

Zuleica Wilson
http://missangolaoficial.sapo.ao/fotos
Enquanto ao norte do Equador, países se mobilizam e discutem sanções, abaixo do mesmo, crianças são dilaceradas, vilas inteiras extinguidas da face da Terra. A linha de pobreza pra esses é tão alta que qualquer R$1,00 é um tesouro inestimável. “-Mas e daí? Não é comigo, então...” – enquanto essa violência não chegou ao seu quintal, não houve mobilidade política. Não teve mercado real de vendáveis e consumíveis. É tanto “We are...” e “Je suis...” em capa de jornal que chega a comover. Tudo muito bom, muito bonito, mas pra quê? Tem hora que realmente gostaria de não ver esses nuances por trás de cada “movimento social”. Por trás de cada gesto de “compaixão política”, enfim...

As guerras hoje travadas em solo pobre, não geram custos pra Europa e seus “acólitos”. Mas quando essas guerras apareceram como uma pequena luz ao fim do horizonte, a primeira coisa que fizeram foi se mobilizar. Enquanto não mexeram nos seus recursos e matéria prima, apenas viravam os olhos, fingindo não ver e dizendo “-Não posso invalidar a lei de um país soberano”. Quão bonito foi ver o discurso, de tantos líderes europeus criticando a Mãe Rússia quando essa resolveu ajudar seu povo. Como foi divertido (sério, eu ri mesmo) ver gente criticando a ação do presidente russo, impondo sanções e afins, só porque ele resolveu proteger os seus em meio aos “espólios de uma guerra civil”, que destroçou parte da região majoritariamente de russos, esquecidos pelos dirigentes daquele país. Gargalhadas não faltaram quando inúmeros acusavam a Rússia de invadir e tomar a Criméia, enquanto eu dizia que não fez nada demais, se comparado a um ocidental que ignorou as leis que o mesmo criou, lançando mão de mentiras pra justificar suas ações. Hoje, esses mesmos políticos que defendiam as sanções (em meio à despreocupação da Rússia quanto às mesmas), vendo que poderiam perder muito mais que ganhar, resolveram acabar com as sanções ou ao menos diminuí-las.

Mas nem todo mundo sabe disso. Nem todo mundo leu sobre isso. E por quê? Porque na vida, assim como um mágico, devemos chamar atenção com gestos da mão esquerda, para usarmos a direita com liberdade.

E é assim que chegamos a esse movimentar e aumentar de tropas nesses países. Com certeza, esses bilhões de Dólares não foram separados semana passada. Esses exércitos não se multiplicaram da noite pro dia. Existem conflitos mais extensos que nós nem sequer imaginamos. FMI reconheceu que precisa se atentar para os países da América Latina, justamente quando a BRICS anunciou a criação de seu próprio banco de financiamento para diversos países (incluindo a Argentina e demais membros do Cone Sul também). EUA voltam a abrir relações comerciais com CUBA, antes disso, disseram que “é hora de enxergarmos e voltarmos a atenção para nossos irmãos africanos” (Aham, Cláudia...). A OTAN já foi criticada também. Dia-a-dia, os recursos estão cada vez mais escassos. O consumismo cada vez mais exacerbado e a “liberdade confundida com libertinagem” (como diria meu pai) ou simplesmente censurada por ser contrária à ideologia de mercado atual. Tudo isso servindo como um picadeiro de circo pra todos nós, enquanto a verdadeira política está sendo travada às escondidas. Acham mesmo que está tudo bem na Europa e G8? Acham mesmo que o derrubar do ditador da Líbia sem a manutenção de tropas no país após essa intervenção da ONU/OTAN se difere da decisão de manter tropas no Iraque?

Vitória
http://regras.net/jogo-war/
Vivemos uma situação de cuidado, de prevenção e nossos representantes sabem disso. Cabe a nós ficarmos em alerta. Sabermos enxergar esses passos, essa movimentação e vivermos sem medo, mas com a atenção devida para evitarmos surpresas.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

DÁ RADUQUI, RYU!

"Já me cansei de super gráficos, quero me divertir!"

Então você chegou a falar isso? Bem vindo ao 'team Nintendo'.

Já conversei com centenas de pessoas (incluindo minha noiva) sobre esse assunto. Não é questão de estar velho ou não conseguir acompanhar essa turma nova de LOL, Dota e afins. A verdade é que sinto falta daquele clima de dividir uma tela pequena, de ter a galera reunida na sala e ouvir os gritos no recinto. Não tô falando mal dos Titanfall da vida, Mas "cresci em arcades", vendo as caras do oponente.

Se você acha que estou viajando, basta olhar a hype dos torneios como EVO2k e eventos onde a galera se junta apenas pra ver e chegar perto daquele cara que você só ouviu falar e nunca encontrou online. Ah, o online! Famigerado criador de contendas. Temos PSN, PC, Live entre outros. Lag, versões incompatíveis e afins. Quem nunca se irritou?

Pois bem, cheguei ao meu momento "party gamer". Quero mais me divertir, juntar os amigos numa jogatina de madrugada, fazer competições amigáveis (ou não). Talvez seja a idade (34) ou apenas uma revolta passageira, mas quero mais Final Fight e menos Battlefield hoje. Quero rir das besteiras ao vivo. Quero ouvir a gritaria na sala de TV. Conseguir aquela vaga no sofá e 1° controle. Ouvir "DÁ RADÚQUI, RYU!" e chorar de rir.

Quero me divertir mais e saber de menos.


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Anjos nos céus do Brasil

Todos já devem saber da decisão brasileira na aquisição de caças da Saab, o Gripen. Bom, quero comentar umas curiosidades sobre o fatos, nada oficial, mas que se tornaram curiosidades por mera coincidência (ou será que não?).

A palavra Gripen, origina-se do animal lendário grifo, cuja aparência era de corpo de leão, cabeças e asas de águia. Inimigo declarado dos basiliscos (uma espécie de serpente fantástica), cuja a habilidade é matar o inimigo apenas com o olhar, o grifo é considerado o animal mais rápido do mundo, chegando a ter citações em obras de fantasias, incluindo provérbios que refletem isso: “Más notícias se espalham em asas de grifo.”.

Bem, o engraçado está em algumas informações mais esquecidas pela sociedade. Em minhas leituras casuais, descobri, há muito, que a palavra grifo tem a mesma raiz hebraica de“kherub” (ou “querubins”). Sendo assim, parafraseando C.S. Lewis: “esses 'querubins' gorduchos e horripilantes, nada têm a ver com uma possível visão real de como devem ser, seguindo o nome”.

Não muito distante disso, o Brasil, à princípio, fora batizado com o nome de “Terra de Santa Cruz”, em alusão ao paraíso descrito na Bíblia. Pois, Cabral, ao chegar em terra, se deparou com os índios nus como se nunca tivessem saído do Éden.

Ligando essas partes, temos então: vários “grifos/querubins” angelicais a defenderem nossa “terra santa” e seus habitantes das “serpentes malévolas” (basilisco) que ameaçam o “paraíso”.

Ok, é uma viagem sem tamanho. Mas serve como uma diversão e incentivo à fantasia da vida.








O texto acima não tem qualquer intuito de se prender à realidade. Trata-se apenas de texto livre, com base na fantasia do próprio universo.


 "Anjo brasileiro"


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O quê vi no FIQ 2013? - segundo dia

O que dizer do segundo dia de festival? Bem, não participei de nenhuma palestra, mas acabei aproveitando pra conversar com Marcos Noel, autor das tirinhas de Gie Kim. Aproveitei e comprei o livro de tirinhas dele (com dedicatória). Aliás, falando de Gi e Kim, sábado tem sessão de autógrafo com o autor.





   
Se você insiste...

Como disse, gosto mais de ver o trabalho dos editores independentes. Essa turma rala muito e inova muito também. São eles que arriscam e tentam mesmo um lugar ao Sol. Nesse FIQ, tivemos uma boa distinção entre esses produtores, mas uma coisa é clara: os webcomics tomaram conta dos dois primeiros dias. Encabeçados pelo Um Sábado Qualquer (CarlosRuas) e Mentirinhas (Fábio Coala), o estande dos webcomics é, de longe, o mais disputado. São livros, posters, canecas, lembrancinhas, camisas e pelúcias (essas com selo do Inmetro e de qualidade incontestável). E não são apenas quatro autores não. Temos muitos autores de internet, Wesley Samp, com seus Os Levados da Breca, é outro que se junta ao estande da Webcomics in da House. E isso, com certeza é o trunfo desse estande. Com tantos autores conhecidos do público reunidos num único estande, acaba alavancando suas vendas e a publicidade do material. Muitos leitores até marcaram de encontrar com os autores via Facebook e Twitter e acabam conversando com eles. E cada um mais prestativo que outro.

Pandemônio é outro estande que só vive lotado. Muitas artes gráficas de qualidade também. Confesso que hoje não me dediquei muito ao estande porque acabei me atendo às conversas com Marcos Noel, Wesley Samp, Carlos Ruas e demais da Webcomics in da House. Gastei uma graninha lá também, afinal, é um FIQ, é óbvio que irei pegar algumas (muitas) coisas. Não consegui favorecer todos, mas adquiri um livro de Gi e Kim, um Buteco dos Deuses, uma caneca com ilustração do Wesley Samp entre outras coisas.

  
Box do Card Game Mercenary Crusade
Outro produtor que me chamou atenção foi a Kaplan Project Comics. Eles foram os únicos que trouxeram algo realmente fora do senso comum. Além das tradicionais revistas, trouxeram pro evento um card game baseado em sua webcomic. Ousaram. E é isso que me faz querer dar um tratamento há mais nesse post. Mercenary Crusade (jogo baseado na webcomic homônima) é de fácil aprendizado, com um sistema simples de combate, podendo ser jogado por até quatro jogadores simultâneos. O deck é completo, ou seja, não precisa se preocupar com cartas raras e compras futuras. São 130 cards com 12 fichas de personagens. Tenho que admitir que sou muito fã de jogos de tabuleiro e card games e, talvez, por isso tenha me chamado tanta atenção.


Como muitos sabem, é a terceira edição que não participo trabalhando no FIQ. E nesses três eventos, venho coletando material que seja a cara do FIQ daquele ano. A regra básica é ser de baixo custo e ser de algum produtor independente. Sendo assim, entra pra minha “coleção” do FIQ. Ainda me arrependo de não ter feito isso nos eventos passados, mas nunca é tarde pra começar. Ano passado foi Jesus Rocks. Uma HQ muito divertida e bem trabalhada, cheia de referências do universo Rock' n Roll. Custava R$5,00 e, ainda hoje, é possível encontrá-la no evento de 2013, com o mesmo valor do evento anterior. Mas o porquê dessa explicação? Bem, Mercenary Crusade me fez quebrar uma regra: o baixo custo. O jogo custa R$40,00, mas vale cada centavo. Acreditem, é simples, divertido e tem a cara do 8º FIQ. É um card game baseado em uma webcomic e só por isso já me chamou atenção. No post anterior, eu falei da felicidade que tive ao ver a galera da Webcomics in da House com tantos admiradores e alguns até com dedicação exclusiva ao seu trabalho. Por isso eu digo: vale a pena conferir o trabalho da Kaplan Project Comics. Se não estiver disposto a gastar muito, tem outros trabalhos deles, igualmente primorosos, como uma série de tirinhas de Jason e Fred Kruger, no melhor estilo Happy Tree Friends, entre outros mais. Dos produtores independentes, são os que têm maior diversidade de material próprio.



Do outro lado desses produtores independentes, temos os desenhistas e quadrinistas da “old school” (por assim dizer). Muito material impresso bacana, muita pegada de fantasia e aí vemos uma outra distinção entre esses produtores. Enquanto as webcomics possuem características cartoons e chargistas, os “zines” têm (em sua maioria) um apelo mais comics mesmo, ou graphic novels. Acho que esses merecem um capítulo à parte, talvez no domingo eu entre em mais detalhe. E não é por enrolação não, é pra me dedicar mesmo a falar deles com mais cuidado e respeito. Afinal, as webcomics estão aprendendo a andar. Ainda tem chão pra percorrer, enquanto seus antecessores, com toda a experiência de vida, nos ensinam a nunca esquecermos nossas origens de crítica, humor, inovação, coragem pra correr riscos e cometer erros. Em resumo, experimentação. É disso que falamos quando nos referimos aos produtores independentes. É o fugir do senso comum, como Allan Moore e Warren Ellis fazem, sem medo.

Bom, esse foi o segundo dia do 8º FIQ pra mim. E espero que, se ainda não foram, aproveitem esse feriado e se divirtam no FIQ. Gastem tempo, conversem com seus autores favoritos, conheçam outros produtores e não esqueçam de incentivar a produção desse material. Afinal, é com o retorno que vocês dão que se torna possível todo esse mundo.

Eu, Marcos Noel e Gisele Noel